Relatório mostra que Pimentel criou novas despesas não previstas no orçamento


Relatório mostra que Pimentel criou novas despesas não previstas no orçamento



Gustavo Corrêa sustenta que números do governo estão fora do contexto
Oposição reage à auditoria e diz que números são "mentirosos"
Aline Louise - Hoje em Dia

Guilherme Dardanhan
O bloco “Verdade e Coerência”, de oposição na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, contestou nesta quinta-feira (16), ponto a ponto, o diagnóstico apresentado no dia 6 de abril pelo atual governo, que afirma que a situação do Estado é “muito crítica”.

Em um documento de 112 páginas, a oposição diz que os dados usados pelo governador Fernando Pimentel (PT), apresentados como “retrato da má gestão da administração passada”, são “mentirosos”, ou foram colocados de forma “descontextualizada”, “escondendo a verdade”.

Os números da oposição foram apresentados pela assessora técnica do bloco, Luisa Barreto, que é funcionária de carreira do Estado, cedida para a Assembleia. Na gestão tucana ela ocupava o cargo de coordenadora de execução das operações de crédito da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag). As informações contidas no documento foram retiradas de fontes oficiais, tanto do próprio governo de Minas, quanto do governo Federal. Durante o encontro com a imprensa para exposição dos dados, Luisa repetiu várias vezes que a atual administração parece “desconhecer a história de Minas e não faz comparações entre o antes e o depois”.

PIB

Um dos pontos refutados no documento oposicionista, por exemplo, foi o Produto Interno Bruto (PIB) per capita em Minas Gerais. Enquanto o governo petista destacou que os mineiros têm o menor PIB per capita entre todos os estados do Sudeste, sendo o décimo do Brasil, a oposição frisou que entre 2002 e 2012, o Estado “saltou” da 12ª para a 10ª posição no ranking.

O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) é outro ponto de divergência. Em seu diagnóstico, Pimentel destacou que neste quesito Minas ocupa a última posição entre os estados das regiões Sul e Sudeste do país, tendo 46% dos municípios considerados carentes. A oposição justifica que parte do Estado compõe a área da Sudene, “reconhecidamente mais pobre que o restante do Brasil”. E diz que “o PT prefere ignorar a realidade de milhões de mineiros e comparar Minas Gerais com os estados mais ricos do Brasil, como o Sul e Sudeste”. O texto ainda destaca que em 2000 o IDH-M de Minas Gerais era considerado médio, enquanto que em 2010 já era considerado alto.

A oposição reforçou também que a construção da Cidade Administrativa, inaugurada em 2010 para ser sede do governo, já gerou uma economia de R$447,2 milhões, entre 2011 e 2014, para os cofres públicos. “O governo PT esconde todos os itens de economia da Cidade Administrativa, cujos cálculos foram auditados inclusive por auditoria independente, a BDO Trevisan”, afirma o documento.

Ausência de fontes é criticada, mas governo sustenta números

A ausência de fontes para alguns dados apresentados no diagnóstico do Estado elaborado pelo atual governo também foi outro ponto questionado pela oposição.

Os tucanos afirmam que o orçamento de estados e municípios é calculado com base nas previsões feitas pelo governo Federal na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

“Acontece que, para maquiar a real situação do país em um ano eleitoral, o governo (federal) alterou suas previsões econômicas em novembro, após o envio do orçamento, portanto”, destacou o texto do grupo oposicionista, intitulado “Observatório MG”.

Segundo o documento da oposição, “o orçamento (de Minas) teoricamente deficitário conta com despesas novas, não previstas, criadas por eles (governo do PT)”.
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Jornal Hoje em Dia
http://www.hojeemdia.com.br/noticias/politica/oposic-o-reage-a-auditoria-e-diz-que-numeros-s-o-mentirosos-1.312209

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