Governo Pimentel: Polícia Federal suspeita que Pimentel embolsou R$ 500 mil pagos por sindicato a empresa de consultoria


Governo Pimentel: Polícia Federal suspeita que Pimentel embolsou R$ 500 mil pagos por sindicato a empresa de consultoria



09/09/2015
Polícia Federal suspeita que Fernando Pimentel embolsou R$ 500 mil pagos por sindicato a empresa de consultoria, afirma jornal O GLOBO

Reportagem publicada na edição desta quarta-feira (09/09) do jornal O GLOBO traz mais uma denúncia envolvendo o governador de Minas Gerais Fernando Pimentel. O escândalo da vez envolve o Sindicato da Indústria Mineral do Estado de Minas Gerais (SINDIEXTRA-MG) que, de acordo com a matéria, pagou R$ 500 mil à OPR Consultoria, empresa ligada ao governador mineiro.

Os pagamentos ocorreram em 2013, quando Pimentel era ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. “A Polícia Federal suspeita que ele (Pimentel) era o destinatário final dos recursos”, afirma a reportagem. O jornal afirma ainda que Pimentel é amigo do presidente do SINDIEXTRA, Fernando Coura, e que, inclusive, “tentou emplaca-lo como Ministro das Minas e Energia no segundo mandato de Dilma”.

A OPR Consultoria é na verdade a nova razão social da P- 21 Consultoria, que até 2012 tinha como sócios Pimentel e seu antigo assessor na Prefeitura de BH, Otílio Prado. Atualmente, Otílio Prado trabalha como assessor da Secretaria de Estado da Fazenda.

Em menos de duas semanas, é a segunda vez que a imprensa noticia a movimentação suspeita de recursos envolvendo Pimentel e a OPR Consultoria. Reportagem publicada no mesmo jornal “O Globo” em 30/08 já havia noticiado investigação da Polícia Federal sobre ligação do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros Metropolitano (Sintram), com suposto caixa 2 de Fernando Pimentel.

Confira a íntegra da nova matéria de O GLOBO sobre o novo escândalo envolvendo o governador de Minas:



Empresa de consultoria ligada a Pimentel recebeu R$ 500 mil

PF investiga pagamento do sindicato da mineração à firma de assessor do governador de Minas Gerais



BELO HORIZONTE – O Sindicato da Indústria Mineral do Estado de Minas Gerais (Sindiextra) pagou R$ 500 mil à OPR Consultoria, antiga empresa de consultoria do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel. Os pagamentos ocorreram em 2013, quando Pimentel era ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

A Polícia Federal suspeita que ele era o destinatário final dos recursos. Os pagamentos realizados por entidades patronais mineiras à OPR, empresa que não tinha funcionários para realizar serviços, são investigados no âmbito da Operação Acrônimo. Há 10 dias, O GLOBO revelou que o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros Metropolitano (Sintram) pagou R$ 1,1 milhão à firma, a título de “avaliação mercadológica” de patrimônio. Entretanto, associadas negaram ao O GLOBO terem tido os bens avaliados.

Os pagamentos do Sindiextra foram realizados em duas parcelas. Uma delas, no valor de R$ 250 mil, foi paga no início de julho de 2013, três meses depois de Pimentel visitar o empresário Fernando Coura, presidente do Sindiextra, na sede do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), que ele também preside. Pimentel é amigo pessoal de Coura. Tentou emplacá-lo para o ministério de Minas e Energia no segundo mandato de Dilma e foi um dos convidados da festa de 60 anos do empresário, no ano passado. O Sindiextra tem interesse direto tanto em decisões tanto do ministério — presidido por Pimentel na época dos pagamentos — quanto no governo de Minas — para o qual o petista já era pré-candidato.

A OPR Consultoria Imobiliária se chamava P-21 Consultoria até 2012 e tinha sociedade composta por Pimentel e seu assessor Otílio Prado. Pimentel deixou a sociedade no mesmo ano em que a empresa mudou de nome e de objeto social. No fim de 2014, depois da eleição do petista, Otílio transferiu a empresa para o seu filho, Alexandre Allan Prado. Atualmente Otílio é assessor especial da Secretaria de Estado da Fazenda em Minas.

Para justificar o pagamento do Sindiextra, a OPR informou em nota fiscal ter realizado “serviço de consultoria”, sem especificar o trabalho. Tanto o Sindiextra quanto Otílio Prado se recusaram a informar ao GLOBO que serviços foram prestados. Em nota, Fernando Coura disse “agradecer a cordialidade do contato” mas afirmou que “não se pronunciará sobre os assuntos mencionados”.

Em nota, Pimentel disse que deixou a empresa de consultoria em 2012 e que, em relação à OPR Consultoria, “nunca participou da referida empresa” e “tampouco tem conhecimento dos contratos firmados ou trabalhos realizados pela mesma”.

Fonte: O Globo- See more at: http://psdb-mg.org.br/agencia-de-noticias/policia-federal-suspeita-que-fernando-pimentel-embolsou-r-500-mil-pagos-por-sindicato-a-empresa-de-consultoria-afirma-jornal-o-globo#sthash.Skq3bKGt.jU9zhVUn.dpuf

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