PF vai convocar Carolina Oliveira, mulher do governador Fernando Pimentel, para depor.


PF vai convocar Carolina Oliveira, mulher do governador Pimentel, para depor.




Reportagem publicada na revista IstoÉ na última semana revela que a mulher do governador Fernando Pimentel, a primeira-dama do estado, Carolina Oliveira, será uma das primeiras pessoas envolvidas na Operação Acrônimo a ser convocada pela Polícia Federal para prestar esclarecimentos sobre o caso. Carolina Oliveira deverá ser questionada no depoimento sobre a origem de R$ 30 mil em espécie que a Polícia encontrou durante busca e apreensão num imóvel usado por Pimentel. Segundo revelações feitas por um delegado que participa da investigação, há indícios de lavagem de recursos e sobra de caixa dois na campanha eleitoral do PT.

A campanha de Pimentel ao governo de Minas também enfrenta problemas na Justiça Eleitoral para explicar os gastos. As contas de campanha do petista foram reprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais e recebeu multa de R$ 50,5 milhões.

Em junho, a IstoÉ já havia revelado que a PF e o Ministério Público suspeitam que Carolina e o empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, tenham liderado um esquema para levar recursos irregulares à campanha de Pimentel no ano passado.

Em despacho na quinta-feira (18/9), o ministro Herman Benjamin, relator da Operação Acrônimo no Superior Tribunal de Justiça (STJ), afirmou que a investigação é complexa e cheia de ramificações, mas que apenas o governador Fernando Pimentel tem a prerrogativa do foro privilegiado. Mais uma vez, a campanha de Fernando Pimentel ao governo de Minas deixa as páginas políticas e passa a frequentar as páginas policiais, como se tornou a marca registrada dos governantes do PT.

Operação Acrônimo

A Operação Acrônimo teve origem em outubro passado, quando o avião do empresário Benedito Rodrigues, o Bené, foi apreendido fazendo o transporte de R$ 114 mil, em espécie, entre Belo Horizonte e Brasília, logo após finalizado o 1º turno das eleições para o governo de Minas. Em maio, a Polícia Federal fez busca e apreensão nas casas Carolina Oliveira, em Brasília, e do ex-deputado federal Virgílio Guimarães, pai do deputado federal petista Gabriel Guimarães, em Belo Horizonte.

Na segunda etapa da operação, realizada em junho, a Polícia Federal cumpriu mandados na agência de comunicação Pepper, contratada para fazer campanhas para o PT, e em escritório de contabilidade ligado a empresa de Carolina Pimentel, ambos em Brasília. Em Belo Horizonte, os policiais estiveram na sede da antiga empresa de consultoria de Fernando Pimentel, em Belo Horizonte, e também em um hangar na capital mineira.

Ainda em junho, a Polícia Federal solicitou ao STJ abertura de inquérito sobre o governador Pimentel, por suposto crime de lavagem ou ocultação de bens, direitos ou valores.

Confira abaixo reportagem publicada pela revista IstoÉ



A vez da Primeira Dama

Polícia Federal vai convocar a mulher do governador de Minas, Fernando Pimentel, para depor em investigação sobre a origem de recursos para a campanha de 2014

Um parecer do ministro Herman Benjamin, relator da Operação Acrônimo no Superior Tribunal de Justiça (STJ), dará celeridade às investigações sobre um esquema ilegal de arrecadação de recursos para a campanha eleitoral do governador de Minas, Fernando Pimentel (PT). A mesma decisão também vai acelerar as apurações sobre supostas vantagens indevidas que teriam sido recebidas pelo petista e empresários ligados a ele no período em que ocupou o Ministério do Desenvolvimento. No documento assinado em 18 de agosto, o ministro do STJ autoriza a Polícia Federal a promover todas as investigações desejadas e inclusive convocar para esclarecimentos as pessoas envolvidas no inquérito e que não tenham foro privilegiado. Dessa forma, uma das primeiras intimadas pela PF a depor deverá ser a primeira-dama de Minas, Carolina Oliveira. Como revelou reportagem de ISTOÉ na edição 2375, em 10 de junho passado, a Polícia Federal e o Ministério Público suspeitam que Carolina e o empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, tenham liderado um esquema para levar recursos irregulares à campanha de Pimentel em 2014. Também deverão ser convocados executivos ligados à Marfrig Global Foods e à Pumpido Participações Ltda. “Há investigação sobre possíveis ilícitos praticados por prepostos dessas pessoas jurídicas com outros envolvidos”, diz o ministro. As empresas são suspeitas de repassarem recursos a grupos ligados ao governador quando ele era ministro do Desenvolvimento.


NA MIRA DA PF
Carolina Oliveira, mulher do governador de Minas, terá que explicar a
origem de R$ 30 mil apreendidos em apartamento

O ministro do STJ disse ainda, no despacho do dia 18 de agosto, que a investigação é complexa e cheia de ramificações, mas que apenas o governador tem a prerrogativa do foro privilegiado. Nas próximas semanas, quando for depor, a primeira-dama será questionada sobre a origem de R$ 30 mil em espécie que a Polícia encontrou durante busca e apreensão num imóvel usado pelo governador em Belo Horizonte. O dinheiro, todo em notas de R$ 50, foi encontrado em um apartamento no Bairro de Lourdes, na zona Sul da capital mineira, durante a segunda fase da Operação Acrônimo. Segundo revelações feitas por um delegado que participa da investigação, há indícios de lavagem de recursos e sobra de caixa dois eleitoral. Conforme documentação da PF, a ida dos policiais onde foi apreendido o dinheiro tinha como alvo o assessor especial do governo de Minas, Otílio Prado. Os R$ 30 mil estavam em um envelope branco, guardado dentro de um cofre instalado no quarto do apartamento. Como o imóvel estava fechado, os policiais chamaram o síndico do condomínio para abri-lo. Em conversa com um dos agentes, de acordo com o relatório sigiloso, o síndico disse desconhecer a quem pertenceria o apartamento, mas afirmou ter visto o “político Fernando Pimentel o acessando”.


REPORTAGEM
Em junho, ISTOÉ mostrou a investigação da PF que envolve o governador Pimentel, sua mulher e o empresário Bené

Braço-direito e amigo pessoal do governador, Otílio foi sócio de Pimentel na empresa P-21 Consultoria, que hoje atua no mercado com o nome de OPR Consultoria. Atualmente, a empresa está registrada em nome do filho de Otílio. A OPR é suspeita de arrecadar recursos milionários que teriam Pimentel como destinatário final. O dinheiro teria vindo de empresas favorecidas pelo Ministério do Desenvolvimento, passado por entidades patronais e chegado a outras empresas ligadas ao governador e a sua mulher.

Fonte: Revista IstoÉ- See more at: http://psdb-mg.org.br/agencia-de-noticias/policia-federal-vai-convocar-a-mulher-de-pimentel-para-depor-em-investigacao-sobre-a-origem-de-recursos-para-campanha-de-2014-revela-istoe#sthash.J8LzqrNx.dpuf

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