Feira de Flores de BH retorna à avenida Carandaí após seis meses de suspensão


Última edição da feira suspensa em função do combate à pandemia aconteceu ainda em 13 de março, há quase sete meses; apenas alguns feirantes compareceram nesta sexta-feira
Por LARA ALVES | SIGA-NOS NO TWITTER @OTEMPO
25/09/20 - 12h59
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Feirantes retornaram nesta sexta-feira (25) após seis meses distantes de suas atividades

Foto: Uarlen Valerio

Primeira edição da feira após suspensão acontece nesta sexta-feira (25)

Foto: Uarlen Valerio

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Há seis meses as sextas-feiras não eram mais tão coloridas no quarteirão da avenida Carandaí no bairro Santa Efigênia na região Centro-Sul de Belo Horizonte. Após este enorme período de suspensão como medida de combate à pandemia do novo coronavírus, barracas da Feira de Plantas e Flores Naturais tornaram a ocupar o espaço entre a avenida Brasil e rua Ceará e quem por ali passou nesta manhã de sexta-feira (25) pôde sentir o aroma e perceber as cores das inúmeras espécies ali vendidas, algo principalmente especial nestes que são os primeiros dias da primavera. Com o anúncio inesperado do retorno à feira, alguns comerciantes não conseguiram se preparar a tempo e a manhã foi de calmaria com um número reduzido de barracas e menos clientes que o tradicional.

Do alto de seus 73 anos, a feirante Gláucia Alves ria e brincava com outros colegas compartilhando a alegria de poder estar outra vez na Feira de Flores. Ela conta que tem as melhores expectativas para este momento de retorno após praticamente sete meses distante do próprio trabalho. “Nós ficamos parados por quase sete meses, a última feira aconteceu em 13 de março. Durante esse período eu fiquei desesperada em casa querendo trabalhar, mas não tinha jeito. Hoje abrimos logo cedo, de manhã, e a procura está até boa. Tem pouca barraca, menos gente, mas está sendo legal, os fregueses estavam com saudades da gente”, detalha.


Filho de feirantes lotados na avenida Afonso Pena, o contador Fabrício Gori, 41, também se alegrou com o retorno da Feira das Flores, mas, apesar da animação, destacou que está atento e preocupado com a própria segurança em meio à pandemia que ainda se vive em Belo Horizonte. “Meus pais têm barraca na feira da Afonso Pena e nos acostumamos a vir sempre aqui no meio da semana. Está um pouco vazio hoje, mas acho que a tendência é melhorar. Está voltando devagar, mas voltando a normal. Os visitantes não estão sempre mantendo o distanciamento… É algo de adaptação também. Estou em alerta”, avaliou. Ele também acredita que mais feirantes devam oferecer álcool em gel para que os clientes possam higienizar as mãos e para que eles próprios mantenham a limpeza após transações com cartão de crédito e dinheiro.

A segurança também é uma preocupação para a empreendedora Ana Flávia Costa, 35, que até o início da pandemia acostumou-se a visitar a Feira de Plantas e Flores Naturais pelo menos uma vez ao mês. Ela também estranhou o esvaziamento do espaço nesta sexta-feira (25) e acredita que os protocolos de segurança tenham que ser reforçados nas próximas edições. “A feira era mais florida, mais movimentada e com mais fornecedores. Como ela está retornando hoje, está ainda um pouco vazia… Senti que as barracas estão bem espaçadas, estou achando tranquila e me sinto segura. Os protocolos de segurança ainda não vi, mas não acho que aqui exista um grande risco e eu estou me cuidando”, declarou.

A determinação da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) é para que haja distanciamento mínimo de um metro entre as barracas colocadas lado a lado e quatro metros para as que ficam uma em frente à outra, existe também orientação para que os comerciantes forneçam álcool em gel para os clientes e outros funcionários. A Feira de Plantas e Flores conta com 32 expositores em dias normais e acontece às sextas-feiras entre 8h da manhã e 18h na avenida Carandaí. A Feira Hippie, tradicional em Belo Horizonte, também se prepara para um retorno, este programado para acontecer no domingo (27).

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