BH tem protesto por morte de homem negro em supermercado: 'racista!'
Grupo de aproximadamente 50 manifestantes participa do ato, que ocorre na avenida Afonso Pena
Por RAQUEL PENAFORTE
20/11/20 - 15h25
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Manifestantes exibiram faixas em frente ao supermercado da rede onde ocorreu o assassinato
Foto: Alex de Jesus

Manifestantes exibiram faixas em frente ao supermercado da rede onde ocorreu o assassinato
Foto: Alex de Jesus‹›
"O Carrefour é o quê? Racista!", entoa em coro um grupo de manifestantes na porta de uma das unidades do hipermercado em Belo Horizonte. Na noite dessa quinta-feira (19), véspera da data em que se comemora o Dia Nacional da Consciência Negra, um homem negro, de 40 anos, foi morto por seguranças do estabelecimento em Porto Alegre (RS).
O assassinato de João Alberto Silveira Freitas motivou uma onda protestos em diversas capitais do Brasil. Em BH, a concentração acontece na avenida Afonso Pena, com rua Guajajaras, no hipercentro da capital. Enquanto cerca de 50 pessoas gritavam palavras de ordem, o estabelecimento fechou as portas para evitar uma possível invasão.
Djonga
O rapper Djonga, autor de várias letras de protestos antirracistas, compareceu ao evento mobilizado por movimentos sociais e partidários.
"Não queríamos estar aqui. Ninguém queria estar passando por isso, no dia da luta de um povo preto que não aguenta mais passar por isso. E eu tenho que estar aqui, mostrando que esse tipo de crime não dá mais", afirmou o cantor.
A ativista do movimento negro e da juventude periférica Natália Granato chorou ao falar para as mais de cem pessoas.
"Toda vez é assim que o Carrefour se comporta: emite nota de repúdio, demite a empresa de segurança e posta arte no dia da consciência negra. Chega! A gente não quer morrer mais", afirmou.
A Polícia Militar acompanha o protesto.
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