Eleições em BH: Em 'live', Áurea Carolina critica 'política clientelista'



Candidata falou sobre a Gabinetona e a política por grandes temas, e não baseada no território


Áurea participou de 'live' com o rapper e produtor cultural Clebin Quirino |
Foto: Reprodução
Por THAÍS MOTA
05/11/20 - 18h00
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Em 'live' com o rapper e produtor cultural Clebin Quirino, Áurea Carolina (PSOL) falou sobre uma mudança na perspectiva de se fazer política e criticou o que chama de política “clientelista”, ou seja, vinculada à origem dos políticos ou a região em que são mais votados.

Essa declaração se deu ao ser questionada por Quirino sobre suas propostas para a regional Nordeste, onde ele vive e atua profissionalmente, especialmente para os bairros Beija-Flor e Capitão Eduardo. Segundo ele, essas regiões são abandonadas pelo poder público, sendo lembradas somente a cada quatro anos, durante o período eleitoral.

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Mas, Áurea falou que sua proposta, bem como a do mandato coletivo que compõe enquanto deputada federal juntamente com duas vereadoras e uma deputada estadual - a Gabinetona - não trabalha na perspectiva de propostas territoriais, mas sim de bandeiras que buscam atender toda a cidade. “A Gabinetona tem priorizado determinados temas. Então, a gente atua pelos direitos das mulheres, atua junto a povos e comunidades tadicionais, como quilombos,povos indigenas, terreiros e congados, a gente trabalha com a luta antirracista, com a população em situação de rua, tem vários temas”, disse.


Mais à frente, completou: Então, assim, hoje a Gabinetona não tem uma ação territorial, o que a gente faz na Nordeste ou na Noroeste, mas quais as causas que a gente apoia e quais os coletivos que fazem parte desse grande mapa e é assim que a gente continua expandindo”.

Ela disse ainda que vem do bairro João Pinheiro, na região Noroeste, e que é comum ser questionada por moradores da região sobre sua atuação pelo bairro. “Às vezes perguntam: o quê que você fez aqui no bairro? Olha, não é o nosso foco atuar no bairro exatamente, mas pensar assim: quais segmentos dentro desse bairro que de alguma forma são contemplados por nossa atuação? Então, de forma bem geral, a nossa incidência em defesa dos direitos das mulheres, por exemplo, de enfrentar a violência machista, beneficia quem vive no meu bairro, João Pinheiro. Mas, a gente já atuou lá apoiando uma guarda de congado, especificamente, que fica bem na minha rua”, disse.

Para além da política temática e não territorialista, ela ainda explicou que, na prefeitura, pretende adotar um orçamento igualitário para todas as regiões de Belo Horizonte, sem distinção entre áreas mais ricas ou mais pobres. Dessa forma, ela garante que nenhuma região ficaria “abandonada”, como citou o rapper.

“Uma das formas para fazer isso é ter uma política de orçamento igualitário na nossa cidade e com participação popular. Significa que a gente vai ter o mesmo padrão de qualidade do serviço público em todos os territórios de BH, não importa se é um bairro rico ou uma região pobre. Então, manutenção de parques, limpeza urbana, saneamento básico, acesso à água potável, a garantia de uma política habitacional para retirar as famílias de áreas de risco, ter serviços de saúde, educação, assistência social de qualidade, tudo isso é possível de se impulsionar tendo uma inversão de prioridades. E é o que a gente se propõe a fazer”, disse.

Ainda durante a 'live', Áurea falou sobre suas propostas para a educação e participação popular na gestão municipal nas várias áreas da administração pública. Ela inclusive citou a experiência do Orçamento Participativo em BH que, na sua visão, acabou por se tornar “algo negativo” e que passou a gerar competição entre comunidades por obras.

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