Kalil nega autoritarismo e falta de diálogo na prefeitura de BH: 'Isso não cola'



Concorrentes criticam postura do atual prefeito, principalmente na pandemia


Prefeito explicou que a campanha não fica nem um pouco prejudicada por conta disso |
Foto: Uarlen Valério / O Tempo
Por GABRIEL MORAES E PEDRO AUGUSTO FIGUEIREDO
05/11/20 - 10h49
https://www.otempo.com.br/

Alvo constante de críticas provenientes de outros candidatos na corrida à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), o atual mandatário, Alexandre Kalil (PSD), negou autoritarismo em suas decisões e ausência de diálogo durante seu mandato. Segundo ele, esse é um discurso que não faz efeito.

"Eu fiz ano passado, porque não tinha pandemia, está lá, não são pessoas não, 2.500 audiências. Não são 2.500 pessoas que eu atendi não. Se você falar um setor que solicitou suplementar, se você quiser táxi, ILPIs (Instituições de Longa Permanência para Idosos), qualquer setor que você falar aí, eu já recebi dentro da minha sala. Agora, ninguém sabe de nada", afirmou Kalil.

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Em entrevista a O TEMPO, o postulante Rodrigo Paiva (Novo), por exemplo, disse que o atual prefeito errou ao não proporcionar ensino à distância durante a pandemia. “Nós oferecemos ensino a distância, pela TV, com apostilas para os alunos da rede estadual. Poderíamos ter feito a mesma coisa para os da rede municipal. O que o Kalil fez com o futuro dessas crianças é um crime. Ele não quis nem conversa, não é de diálogo", declarou.


Wanderson Rocha (PSTU), disse que Kalil não ouve os pedidos de organizações, como sindicatos. “Foi uma gestão que enfraqueceu a organização sindical. Não houve reunião durante a pandemia, só agora que começou, a campanha eles procuraram. E não tem uma pauta, uma proposta de diálogo. É a lógica do prefeito: centralizar e não ouvir,” opinou.

Sobre esse tipo de fala, o prefeito explicou que a campanha não fica nem um pouco prejudicada. "Todos sabem que eu conversei. O táxi fala assim: 'Não, ele me recebeu'. A quadrilha (Festa Junina), fala assim: 'Não, ele me recebeu'. O pessoal do samba fala: 'Não, ele me recebeu'. O banco: 'Ele me recebeu'. Então, não adianta falar e não colar. Vira teflon: pega e escorre. Isso não cola", afirmou.

"Pode falar tudo: ele é incompetente, ele é burro, só faz burrice, não sabe fazer, isso não tem problema nenhum. Que eu não recebi? Um prefeito com 2.500 agendas em um ano? Piada, né", completou.

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