Léa Freire é a convidada desta quinta da série BH Instrumental On-line



A célebre flautista, que está redescobrindo o piano, se apresenta ao lado de Pichu Borrelli
Por PATRÍCIA CASSESE
12/11/20 - 10h46
https://www.otempo.com.br/

Léa Freire: exímia flautista, ela tem aproveitado a quarentena para estudar e compor, inclusive ao piano

Foto: Bendita Conteúdo e Imagem/Divulgação



De pronto, a compositora, flautista e pianista Léa Freire, 63, apela para uma réstia de bom humor possível em tempos de pandemia ao explicar porque está cumprindo ao pé da letra o isolamento social. "Gabarito: grupo de risco", diz, sobre si mesma, para então seguir em frente. "Estou completamente isolada, a exceção foi para gravar esse show, mas, mesmo assim, todo mundo super mascarado, bem seguro", diz, referindo-se à apresentação que será exibida nesta quinta-feira, às 20h, dentro da Série BH Instrumental On-line.

Sob o tema “Música e Memória", ela convida o compositor, pianista, contrabaixista, violonista e arranjador Pichu Borrelli. No repertório, composições do seu primeiro disco, com releituras e um tema inédito, interpretados pela banda formada por Alexandre Andrés (flautas), Camila Rocha (baixo acústico e elétrico), Natália Mitre (vibrafone e berimbau) e Yuri Vellasco (bateria e percussão).

Esta é a segunda das quatro apresentações do projeto, que segue até dezembro, sempre às quintas-feiras, às 20h. Os shows são abertos por atrações locais, selecionadas por meio do edital 2020 nas categorias novos talentos e circulação - e, em seguida, um convidado especial, a partir de uma curadoria que trará nomes que se relacionem, pela música e pela memória, ao projeto e/ou ao seu principal local de realização, cada qual com a sua particularidade.

De volta ao tema quarentena, Léa Freire pontua que, de uma certa maneira, acredita ter se tornado uma pessoa melhor, fruto das reflexões que tem feito sobre os tempos atuais e, também, dos estudos sobre os quais vem se debruçando. "Estou estudando mais, e respeitando mais a profissão de músico. Com esse movimento, tenho visto que realmente é um ofício que demanda uma dedicação enorme. São horas e horas, nas quais você está sozinho, estudando. O negócio é sério". Neste ínterim, ela, cuja maestria na flauta tornou seu nome conhecido Brasil afora, retornou ao piano, e diz estar compondo bastante. "O meu objetivo é me divertir, sempre. Mas espero que outras pessoas gravem. A melhor coisa do mundo é quando outras pessoas tocam a sua música. Quanto ao piano, é um desafio voltar a tocar um instrumento que é uma orquestrinha", compara.

Instada a falar sobre Minas Gerais, estado que a "recebe" (ainda que virtualmente) hoje, Léa responde de bate-pronto. "Ah, eu amo. Aliás, ainda bem que não moro aí, senão, ia ser mais gorda (risos). A comida daí é perigo total. Brincadeira, mas gosto muito de ir aí. O mineiro é um cara hospedeiro, que não tem crise de ego. E a cena instrumental é das mais ricas do país, são muitas pessoas fazendo coisas super interessantes, criativas. Fora que tem a Luiza Mitre, um jovem talento que eu amo de paixão", salienta.

Ela também estende os elogios às iniciativas de valorização da música instrumental. "São fundamentais. O prêmio BDMG Instrumental, por exemplo, é um dos grandes responsáveis pela valorização desse tipo de música. Esse projeto é precioso, não só é display daquilo que está acontecendo, é uma troca. Fui jurada duas vezes, e é um leva pra lá, vem pra cá. Quero dizer que não é só um evento fechado, mas dos mineiros para o Brasil, pois, ao possibilitar que os vencedores se apresentem em outras praças, outros cantos, aí tem TV, divulga os talentos... Ou seja, existe uma troca, é um importante bastão para gerações outras".

Sobre Borrelli. Trabalhando em seu primeiro álbum instrumental, Pichu Borrelli produziu, arranjou e dirigiu CDs de MPB, infantis e eruditos. Trabalhou com grandes personalidades da música popular brasileira como Leni Andrade, Marcio Montarroyos, Pery Ribeiro, Nana Caymmi, Jane Duboc, Filó Machado, Yvette Matos, Zé Luiz Maziotti, Michel Freidenson Trio, Edson Montenegro, Cibele Codonho, Grupo Tarancón Trovadores Urbanos, Sá e Guarabyra, Rui Mauriti e os internacionais Alexia e Netzwerk.

Série BH Instrumental On-line apresenta Léa Freire convida Pichu Borrelli

Abertura: Davi Fonseca Quinteto

Dia 12 de novembro, às 20h

Youtube.com/veredasproducoes

Informações: (31) 3222-5271 ou www.veredasproducoes.com.br

Classificação livre

Acesso gratuito

Patrocínio: Instituto Unimed-BH,

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